Álvaro Teixeira
Vivia em bairro-de-lata
Vestia roupas remendadas
Mas se sentia já farta
De tantas lágrimas choradas
Mala feita já partiu
Sem um destino traçado
E jamais alguém a viu
Naquele bairro “ensombrado”.
A viagem terminada
Um emprego procurou
Mas já se desesperava
Quando por fim o encontrou
Bom salário oferecido
“Bom de mais p’ra acreditar”
E o que tinha percebido
Se viria a confirmar
Correu então para a linha
Do comboio que passaria
E o que de mau a vida tinha
Para si, acabaria.
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