sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Bernardino Rocha

Amor agora!
Lá fora, longe da penumbra da memória
Deambula vaga e ténue a evidente consciência
Essa que me carrega e faz levitar da escória,
De uma sociedade podre fútil da loucura à demência
Mas na inocência, de cada florescer da eterna vida
Por cada lágrima jovial que te beija o rosto,
E na embriaguez perfumada da tua existência,
O apelo que aperta o meu pulsar frágil e gasto.
Eras tu na brisa dissolvida numa aurora
Flamejante, louca com teu odor inebriante.
És o arrepio que me trespassa na constante fúria,
No nunca relutante desejo de te possuir. Amor agora!

Já não bastava a dor de não ter,
A dor de querer o que na dor não quero.
Já não bastava no sonho a tentação,
A luz na noite romper com a escuridão.

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